I)
Estrutura Simples
A estrutura simples é caracterizada pelo baixo
grau de departamentalização, grande amplitude de controlo, autoridade
centralizada e pouca formalização. A estrutura simples corresponde a uma
organização bastante horizontal, com funções bastante flexíveis e um líder
principal. Essa é uma forma que pequenas empresas costumam adotar. É uma
estrutura que permite comunicação direta entre os funcionários, não há especialização
de tarefas, há pouca padronização de procedimentos e os diretores e
proprietários participam das atividades do dia-a-dia da organização. Essa
estrutura costuma ser usada também por empresas que trabalham com apenas uma
linha de produtos, em um mercado muito específico e cujas estratégias
competitivas costumam ser foco no custo ou foco na diferenciação.
Alguns
benefícios desta estrutura são a fácil comunicação entre os funcionários da
organização e o fácil acesso aos superiores permitindo eficaz resolução de
certos problemas. Dado que as tarefas não são especializadas, os funcionários
costumam ter uma visão mais global da empresa, torna-se mais fácil obter informações
dentro da mesma. No entanto, a partir do momento que o mercado desta
organização ou sua linha de produtos se desenvolve e passa a ser maior ou mais
complexa, esta estrutura pode tornar-se obsoleta. O fato de não haver processos
bem padronizados ou tarefas específicas pode atrasar os processos e perde-se
parte da vantagem competitiva que se tinha antes
II)
Estrutura Funcional
A estrutura funcional é sustentada pela
padronização. É caracterizada por tarefas operacionais padronizadas, pela
especialização de funções, por regras e regulamentos formais, pela baixa
flexibilidade, pequena interação entre departamentos, autoridade centralizada,
pequena amplitude de controlo e processo decisório bastante rígido. A empresa é
dividida em departamentos funcionais, por exemplo, o departamento de finanças,
o departamento de marketing, de recursos humanos e assim por diante. Nessa estrutura,
cada departamento é responsável por suas próprias atividades, e para a
comunicação interdepartamental existem procedimentos específicos a serem seguidos
para que a comunicação seja facilitada e padronizada.
Algumas
vantagens dessa estrutura são a maior especialização por área de conhecimento,
ou seja, cada departamento, como tem todo o know-how, a
comunicação interna é bem desenvolvida e a transferência de conhecimento é
alta. Além de permitir maiores oportunidades de crescimento pessoal a cada
trabalhador. As atividades de cada trabalhador são bem definidas e específicas,
concentrando eficazmente as competências pessoais e facilitando o treinamento
da equipa. É uma estrutura recomendada para empresas cuja área de atuação
permitam que seus produtos ou serviços não precisem ser modificados no curto
prazo, e para ambientes de mercado estáveis.
No
que diz respeito a desvantagens desta estrutura há uma grande necessidade de se
ter diretores que coordenem as atividades entre os departamentos, e exige um
trabalho difícil de sinergia inter departamental. Torna-se mais difícil a
adaptação a mudanças externas e fragiliza a flexibilidade da organização, por
causa da forte concentração e do foco interdepartamental. Os trabalhadores
podem acabar por se focar demais nos objetivos do departamento, dando menos
ênfase aos objetivos e estratégias globais da empresa.
III)
Divisional
A
"estrutura divisional" é caracterizada por divisões independentes,
cada uma representando um centro ou um negócio separado. Cada divisão é como
uma "subunidade" da empresa toda, é um departamento que sobrevive
independente dos outros. Essa estrutura é comumente usada em empresas grandes,
que têm grandes quantidades de informações estratégicas, ou que adotam a
focalização geográfica (divisão da América Latina, da Europa e da Ásia).
Existem
algumas vantagens como os direitos de tomada de decisão que são delegados a funcionários
em níveis mais baixos na hierarquia, uma vez que costumam ter conhecimento
específico sobre sua área de atuação e podem implementar com maior eficácia
soluções e novos procedimentos. A descentralização das decisões permite que a
que a gerência da organização se foque em decisões estratégicas e globais.
Por
outro lado, os diretores de cada unidade tendem a focar-se nos seus próprios
objetivos, e isso maximiza valor para a organização desde que não exista
dependência entre as unidades da empresa.
IV)
Estrutura Matricial
A estrutura matricial une duas formas de
departamentalização: funcional e multidivisional. Ao mesmo tempo que a empresa
possui departamentos especializados (recursos humanos, financeiro, produção
etc.) os funcionários também são direcionados para unidades geográficas ou
produtivas. Assim ao mesmo tempo que o funcionário trabalha no seu
departamento, trabalha também na unidade para qual ele foi designado.
Organizações que estão em constante mudanças, sempre com novos projetos ou
produtos costumam adotar esta estrutura. Cada funcionário é designado para um
grupo durante um certo projeto, e quando este termina, o mesmo funcionário é
realocado com uma nova equipa e a um novo projeto.
Cada
projeto ou produto tem a opinião de especialistas de todas as áreas envolvidas
e assim pode desenvolver-se com maior eficiência. O nível de conhecimento dos
funcionários, tanto sobre a empresa como sobre seus produtos, aumenta devido
aos diversos projetos por onde passam. Já que cada funcionário está sempre em
projetos diferentes. A empresa consegue adaptar-se melhor a mercados que estão
em constante mudança, pois sua adaptabilidade é maior.
No
entanto esta é uma estrutura muito difícil de ser implementada. Problemas com
funcionários que devido aos diferentes projetos têm também diferentes chefias
podem criar conflitos. Os funcionários podem não se sentir incentivados ou dar
preferência a um dos projetos desvalorizando o outro.